É comum pensarmos em um hospital como um local com estrutura apropriada para bem atender os pacientes. De fato, este é um dos tripés que levam um serviço de saúde ao sucesso. Mas de nada adianta ter um edifício hospitalar equipado e preparado para atender às necessidades do paciente se por trás disto não existir um planejamento, saúde financeira e gestão eficiente para aquele serviço que, como os outros, é também um negócio.
Pensar de forma estratégica é a base desta construção. “Os hospitais precisam ter estrutura física e tecnológica adequadas ao serviço que pretendem oferecer associado ao gerenciamento inteligente do negócio”, pontua a arquiteta Mariluz Gomez Esteves, diretora executiva da Pró-Saúde.
De acordo com ela, são três as necessidades básicas de um hospital. “Ele precisa ser funcional no que se refere à atenção aos pacientes, oferecendo segurança, qualidade e humanização; deve atender às obrigações inerentes à atividade, que é ininterrupta, e para isto a infraestrutura física e as instalações obrigatoriamente devem dar suporte à atenção médico-hospitalar; e há ainda as necessidades relativas à imprevisibilidade do segmento de saúde e também as atualizações constantes no que se refere à tecnologia e crescimento da edificação hospitalar. Sem estes pontos bem definidos e traçados estrategicamente, fica mais difícil alcançar os resultados almejados no curto, médio e longo prazo”, pontua.
Um projeto de sucesso está ligado ainda à presença de flexibilidade. “O planejamento hospitalar deve ser flexível para possibilitar adequações e adaptações no espaço sempre que houver modificações no atendimento e na tecnologia”, antecipa.
Para finalizar, controlar custos sem perder a qualidade é o desafio e a meta das instituições de saúde. “Planejar estrategicamente cada espaço e atendimento, fazendo uso racional dos recursos, é o caminho por quem quer ser bem sucedido”, finaliza Mariluz.