Quantas entradas, corredores, leitos, salas e caminhos existem em um grande hospital? Em geral, ele costuma ter mais de 1000 metros lineares de corredores, abrindo vários caminhos que podem se tornar um labirinto para quem não está acostumado ao local. Pacientes, acompanhantes, visitantes podem ter dificuldades de se locomover caso não haja uma comunicação visual eficiente. Aliás, até médicos e profissionais de saúde podem se confundir com a ausência destas referências.
Arquitetos com conhecimento na área da saúde podem auxiliar para que médicos, funcionários e pacientes consigam se locomover por estes caminhos de forma assertiva e segura. “Este é de fato uma das funções do projeto de comunicação visual. Ele é elaborado a partir do Programa de Identidade Visual da instituição e traz todos os detalhes como placas, textos informativos, totens, indicativos de direção, informações de segurança, entre outros. Estas itens são organizado espacialmente e graficamente trazendo todas as informações necessárias para que o hospital funcione da melhor maneira possível”, explica a arquiteta Isadora Affonso.
Segundo ela, é essencial que todos consigam entender o ambiente e o local onde estão. “Informações gráficas em placas, totens e avisos são um dos principais passos para este entendimento, garantindo a segurança e o bom desempenho de todos os serviços”, acrescenta.
O trabalho é multidisciplinar. “A primeira etapa para a comunicação visual é a elaboração de um Manual de Identidade Visual, que deve ser desenvolvido por uma equipe de designers e comunicadores. Nesta etapa serão definidas questões como logomarca, paleta de cores e identidade da marca. Muitos clientes já possuem a identidade visual e podem ir direto para a próxima etapa”, descreve Isadora.
Na sequência, é hora de definir como essa identidade será aplicada ao ambiente. “Neste momento é fundamental que o projeto seja elaborado por alguém que entenda o edifício e seu funcionamento – no caso, o arquiteto! Desta forma é possível garantir que a comunicação visual esteja de acordo com o funcionamento do hospital, com o controle de acesso, com as normas de segurança e vigilância sanitária, com as questões de segurança predial, com o projeto de prevenção de incêndio, com o sistema viário da cidade, com as normas de acessibilidade e com as exigências dos órgãos de acreditação hospitalar”, especifica a arquiteta.
Unindo conhecimentos e habilidades, a comunicação visual se torna bela e, acima de tudo, eficiente.