Pacientes, acompanhantes e até mesmo funcionários podem se confundir ao entrar em um hospital. Com muitos corredores, fluxos, portas e andares, não é incomum ver alguém perdido para chegar a um local específico, fazer um exame ou mesmo achar a porta de saída! O cuidado para que os acessos de um hospital sejam bem organizados e sinalizados começa no projeto inicial.
A arquiteta Francine Soares e o arquiteto Eduardo Nishitani destacam que há vários pontos que devem ser considerados. “Pensando nos pacientes, a comunicação visual é fundamental para que eles possam se deslocar pelos espaços sem ter dúvidas, sem se sentirem perdidos. Mas esta é a última etapa do processo, bem antes, há que se pensar nos fluxos de pessoas, nas áreas em que elas terão acesso, nos fluxos de suprimentos, serviços e até na segurança do hospital”, elencam.
Delimitar acessos, por exemplo, é fundamental. “Há locais que podem permanecer com a circulação pública, onde as pessoas podem caminhar livremente sem a necessidade de se registrar. Na medida em que a pessoa vai adentrando para camadas mais restritas do estabelecimento assistencial de saúde, é preferível que ela esteja registrada e devidamente identificada. Outras circulações que devem ser bem arquitetadas são as que abrigam trânsito de serviços, para que os fluxos de materiais incompatíveis não interfiram entre si, bem como o de funcionários e pacientes. Imaginando que quase tudo passara pelo mesmo circuito o desafio do arquiteto hospitalar é desenhar de forma que tudo aconteça como em uma orquestra”, salientam.
De fato, ao ver o projeto, pode até parecer um labirinto. Fazer com que ele seja coerente, acessível e seguro é papel dos profissionais que elaboram o projeto com e conhecimento e expertise.