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Centros Médicos descentralizam atendimentos

Foi-se o tempo em que, em qualquer situação de falta de saúde, o hospital era o local mais indicado para atendimento. É crescente o movimento de centros médicos equipados com tecnologia especializada para diagnóstico e atendimentos de muitas das enfermidades e sintomas.

Arquiteta, Francine Soares aponta que este movimento se deu, em parte, pela falta de espaço e de logística nos hospitais para atender casos dos mais diversos. Essa demanda saturou estes espaços, prejudicou o atendimento e fez surgir novas possibilidades na área. “Este movimento permitiu que o hospital ganhasse mais espaço para atendimento da sua verdadeira vocação, que é o tratamento de pacientes em estado grave ou que necessitam de recursos eminentemente hospitalares”, pontua.

Com o crescimento de clínicas especializadas, surgiram novas possibilidades de estrutura, atendimento e tratamento na área da saúde. “É fundamental lembrar que toda a clínica especializada, por menor que seja, precisa estar de acordo com as normas sanitárias, de acessibilidade, de prevenção e combate a incêndio, o que muitas vezes inviabiliza projetos isolados. Como resposta a esse movimento, multiplicaram-se nas últimas décadas os centros médicos”, descreve Francine, integrante da Pró Saúde, empresa que possui equipe especializada neste segmento de projeto em saúde.

Para ela, ter estruturas modernas e planejadas traz conforto, agilidade e segurança tanto para os profissionais da saúde como para os pacientes. “É bem mais cômodo ir a um único local e poder ter acesso ali a todos os serviços necessários para o diagnóstico e tratamento. A centralização dos serviços de saúde em um único complexo pode facilitar e muito todas as pontas deste processo”, diz.

Francine destaca que além dos consultórios e salas de exames, um centro médico pode ser projetado com espaços específicos para diagnóstico e tratamento, inclusive serviços de Hospital Dia com Centros Cirúrgicos ambulatoriais compartilhados. “Na maioria dos casos, o objetivo dos centros médicos é unir a finalidade de diagnóstico e terapêutica com a de conveniência para os profissionais de saúde e pacientes. Para que isto aconteça, os projetos podem oferecer outras atividades como academias, spas, centros de estéticas, shoppings ou galerias com lojas especializadas da área médica e de saúde, praças de alimentação, tudo isto num ambiente agradável que combine saúde, alimentação e lazer”, completa.

Estudos de viabilidade e logística ajudam no sucesso do empreendimento. “A percepção atual é de que os Centros Médicos vizinhos a um hospital, ou mesmo pertencentes a estes, aumentam e muito as suas possibilidades de sucesso”, conclui Francine.

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Hospital, arquitetura, sensações

Sempre que entramos em um ambiente, algo acontece. Ele pode ser frio ou acolhedor, despertar interesse ou passar despercebido, ser um presente para os olhos ou causar repulsa, passar mensagens positivas ou negativas. A arquitetura de um espaço e a forma como ele foi planejado e projetado é uma mistura de funcionalidade com um despertar de sensações.

Quando falamos em estruturas de saúde, isso é ainda mais importante. O que você sentiu da última vez que esteve em um hospital? O que viu? O que se recorda? Tinha cheiro? Calor ou frio? Estava limpo?

Sentir-se confortável, bem recebido e instalado em um hospital é um reforço a mais na promoção da saúde. Arquiteto com experiência em edificações de saúde, Eduardo Nishitani pontua que parte das experiências que se tem em um estabelecimento de saúde está ligada à arquitetura do local. “A saúde é um estado completo de bem estar físico, mental e social e não apenas à ausência de doenças, isso é o que é preconizado pelo Ministério da Saúde. Quando vamos planejar a estrutura e a funcionalidade de um estabelecimento de saúde, precisamos pensar nessa premissa, no público que vai circular pelo local e associar a arquitetura às necessidades no que se refere à promoção da saúde, segurança e funcionalidade do espaço”, relata.

Ele cita pesquisas que apontam a influencia do ambiente construído no estado de saúde do paciente. “Alguns tipos de música no ambiente ajudam a baixar a pressão sanguínea, o bem-estar contribui para o sistema imunológico. Podemos pensar em um conjunto de soluções que vão tornar o local agradável tanto para os pacientes como para a equipe médica que atua lá. Sentir-se bem está ligado ao atendimento humano recebido e o local físico do entorno”, completa.

Muitos são os serviços que podem ser incorporados quando da ativação de um novo centro de saúde. Plano diretor, estudo de viabilidade econômica, acessibilidade, placas de sinalização, fluxo de pessoas, segurança, plano de prevenção de incêndio. “Atuamos em todas estas frentes para oferecer projetos completos que vão possibilitar a construção de uma estrutura eficiente, acolhedora, moderna e segura”, finaliza Eduardo.

baixaPlano Diretor de Projetos e Obras - Etapa 3

Plano Diretor de Projetos e Obras nas edificações e organizações hospitalares

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Tendo como propósito o estudo dos problemas inerentes à relação das atividades médico-hospitalares e o espaço físico, o Plano Diretor tem por objetivo dirigir o crescimento da edificação hospitalar, constituindo-se num poderoso instrumento de desenvolvimento das organizações hospitalares.

Com um sólida experiência na recuperação física e funcional de hospitais, transformada numa “Metodologia de Projeto para a elaboração de Plano Diretor”, a diretora executiva da Pró Saúde, Mariluz Gomez Esteves, explica que esse processo tem início no conhecimento das necessidades da organização hospitalar de se reorganizar fisicamente para continuar a crescer.

“O Plano Diretor interessa não apenas aos hospitais estabelecidos com diversas edificações, fluxos e unidades comprometidos pela pressão do tempo, como também para os novos hospitais, nos quais as condições de crescimento podem ser previamente estabelecidas através deste instrumento de planejamento físico”, destaca.

Ela completa que por meio de diretrizes gerais e técnicas, mostradas por textos e desenhos ilustrativos, as etapas de execução são organizadas e o Plano Diretor ajusta cada novo projeto a um todo planejado de forma coerente, contribuindo para a reorganização de modernização dos hospitais. “Melhora fluxos, ajusta o zoneamento e compatibiliza as intenções do Planejamento Estratégico institucional com o edifício no qual a instituição funciona”, diz Mariluz.

Para ela, é possível afirmar que recuperar uma edificação hospitalar transcende o âmbito da arquitetura hospitalar. “Lidamos com redefinições que vão desde a inserção da organização hospitalar no sistema de saúde até os investimentos necessários para a incorporação tecnológica necessária ao cumprimento de seu novo papel junto à sociedade, garantindo a perenidade da organização e proporcionando os caminhos necessários para o aprimoramento constante”, conclui.[/vc_column_text][dfd_delimiter icon_size=”10″ delimiter_height=”4″ undefined=”” tutorials=””][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][dfd_simple_image_gallery module_animation=”transition.fadeIn” dfd_layer_image=”21911,21908,21909,21910″ items_offset=”0″ image_width=”900″ image_height=”600″ slides_to_show=”3″ slides_to_scroll=”1″ carousel_slideshow_speed=”3000″ images_style=”carousel”][/vc_column][/vc_row]

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Entrevista Mariluz: Um hospital com hospitalidade

[vc_row][vc_column][vc_column_text]De lugar frio e sem vida para um lugar aconchegante e belo. Foi-se o tempo em que um hospital era feito de paredes brancas e leitos que não sabiam o significado da palavra hospitalidade. As construções atuais unem tecnologia e segurança com layouts agradáveis ao olhar, funcionais, quartos confortáveis e humanizados. De pacientes, hoje temos clientes de saúde que olham não apenas a competência técnica do médico como também o local em que são atendidos. Como em qualquer outro negócio, há concorrência e, dentro de um mercado competitivo, as mudanças – para melhor – nascem. Atuando na área da gestão e arquitetura hospitalar há 25 anos, a arquiteta Mariluz Gomez Esteves, diretora da Pró-Saúde, fala sobre as mudanças e tendências da arquitetura hospitalar nesta entrevista.

Mariluz, quando se fala em arquitetura, a beleza da construção é uma das primeiras coisas que vem à cabeça. Mas em se tratando de saúde, é preciso pensar em outros fatores primordiais, como funcionalidade e segurança. É possível unir tudo isto e um centro de saúde? 
Não apenas é possível, é indispensável. O hospital enquanto edifício tem que funcionar bem, ajudar para que os processos assistenciais e de apoio ocorram de forma adequada. Se tudo que é edifício e infraestrutura funcionar adequadamente, a equipe assistencial (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, farmacêuticos, técnicos e tecnólogos das várias áreas, etc.) vai trabalhar melhor.

É importante pensar em construções e ambientes que não tenham “cara de hospital”? Esta é uma tendência?
Acho que isso já foi importante, quando tudo era branco ou cinza, sombrio e feio! Não se faz mais hospitais assim, o que restou está sendo melhorado, a tendência é que sobrem poucos hospitais com a tal “cara de hospital”, estamos estabelecendo uma nova cara de hospital.

A palavra humanização ganhou força nos últimos anos na área da saúde. Como a arquitetura hospitalar auxilia neste atendimento?
Humanização e hospitalidade é tarefa das pessoas, da equipe assistencial e de atendimento. O importante é que o atendimento seja humanizado, os pacientes sejam chamados pelos seus nomes, tratados com respeito, informados do que vai acontecer ou do que está acontecendo, se sentirem seguros.
O hospital é apenas o cenário, obviamente é bom que o cenário ajude. Desta forma, como falado anteriormente, tudo o que é edifício e infraestrutura tem que funcionar adequadamente, discretamente. Gosto de falar dos “duendes” do Harry Poter que fazem tudo funcionar em Hogwarts e ninguém nunca os vê! Quando falo em funcionar vai além de você ligar um equipamento e ele funcionar. Os ambientes devem ser bem iluminados, bonitos na medida certa, os jardins devem estar floridos, os móveis devem ser confortáveis e suficientes para todos, as pessoas devem se sentir acolhidas e seguras. Para a equipe assistencial, sentir-se seguro e não precisar brigar para que algo seja consertado é fundamental, a preservação do bom humor é indispensável para a realização de uma tarefa com simpatia e cordialidade.

Quando um projeto de um hospital, ou centro de saúde, vai nascer, como acontece este processo? Que itens são levados me consideração?
Um hospital nasce de um modelo de assistência. Sem saber o que se pretende com o novo hospital enquanto assistência, não é possível iniciar qualquer desenho, ou qualquer desenho serve! Como respondeu o mestre gato para Alice “se não sabe onde quer ir, não importa que caminho tomar!”

Hospitais antigos podem se modernizar? O que ganham com isto?
Hospitais devem se modernizar, se não o fizerem não ficarão no mercado! Tudo mudou na edificação hospitalar, especialmente as instalações elétricas, de lógica, de automação, de prevenção e combate a incêndio, etc.. Imagine um hospital no qual foram sendo instalados equipamentos de grande porte como uma tomografia e tantos outros que aparecem a cada novo ano e este hospital continua com a mesma entrada de energia, o mesmo gerador, sabe o que vai acontecer, os disjuntores vão cair, as pessoas vão perder o que estavam fazendo, os pacientes monitorados ficarão sem monitoramento! Simples assim, ou moderniza ou ficará fora do mercado![/vc_column_text][dfd_delimiter icon_size=”10″ undefined=”” tutorials=””][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][dfd_simple_image_gallery module_animation=”transition.fadeIn” dfd_layer_image=”21939,21918,21916,21938,21937,21928,21914″ items_offset=”6″ image_width=”900″ image_height=”600″ slides_to_show=”3″ slides_to_scroll=”1″ carousel_slideshow_speed=”3000″ images_style=”carousel”][/vc_column][/vc_row]