Hospital São Vicente de Paulo, Unidade II

A Pró-Saúde fez o projeto para o hospital que fica em Guarapuava (PR) na Cidade dos Lagos. A obra está em fase de execução. O Hospital terá atendimento voltado para o tratamento oncológico na cidade paranaense.

A primeira fase de implantação já está sendo executada e contempla o setor de quimioterapia e o Instituto de Pesquisa do Câncer.

O projeto terá outras fases a serem executadas em 2020. As outras etapas do projeto, que também foi elaborado pela Pró-Saúde, contemplarão, entre outras coisas, Radioterapia, exames de imagem, UTI, Pronto Atendimento, TMO, medicina nuclear, transplante de medula óssea e centro cirúrgico.

Hospital Paraná de Maringá

Obras no Hospital Paraná de Maringá (PR)

A Pró-Saúde realizou vários projetos no Hospital Paraná este ano. A última obra que foi inaugurada foi a Unidade de Quimioterapia e Unidade de Infusão Terapêutica. Fizemos o Projeto de Arquitetura e Projeto de Interiores. A unidade projetada conta com quatro boxes de tratamento, consultórios, serviço de farmácia clínica, nutrição e um setor moderno para preparo dos quimioterápicos. Os ambientes foram humanizados com obras de arte. A obra foi inaugurada em outubro deste ano.
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, que também tem nossa assinatura no Projeto de Arquitetura e Interiores, foi inaugurada em maio. A Unidade tem capacidade para até 12 incubadoras, área de apoio para os pais, área de prescrição multidisciplinar e todos os ambientes de apoio necessários ao funcionamento do setor. Os equipamentos utilizados na unidade são de última geração, garantindo um serviço de excelência aos recém-nascidos.
Em setembro foi inaugurada a nova usina de geração de energia – Projeto de Arquitetura da Pró-Saúde. A moderna estrutura feita em concreto pré-moldado abriga o grupo de geradores que terá capacidade de atender 100% da demanda do hospital no caso de falta de energia elétrica.

Roberta e Carol baixa

Arquitetura e os elementos naturais

Em um projeto arquitetônico de uma edificação hospitalar há aspectos que devem ser considerados quando se pensa no bem-estar, seja para o usuário paciente ou para o usuário funcionário. Esse bem-estar está diretamente ligado à recuperação do paciente e desempenho de trabalho do funcionário.

Esses aspectos, muitas vezes relacionados à humanização dos espaços, incluem nossa relação com a natureza, denominada biofilia. O nome foi dado pelo biólogo norte americano Edward O. Wilson. Em seu estudo, ele fala sobre como o ser humano, antes dos centros urbanos, tinha uma forte ligação com a natureza e, como agora, vivendo em espaços fechados, o desempenho e bem-estar das pessoas foram prejudicados pela falta dessa relação.

A arquiteta Roberta Marques explica que com esta filosofia é cada vez mais comum o surgimento de propostas arquitetônicas e de interiores que privilegiam materiais naturais, como madeira, palha e uso de vegetações em espaços internos ou mesmo o uso de cores comuns na natureza. “É uma forma de trazer a sensação de proximidade com a natureza, humanizando esses espaços. No caso de um hospital, essa humanização é importante para um paciente em recuperação, tornado os espaços mais leves perante as diversas situações que um hospital pode receber”, descreve.
Segundo a arquiteta Carolina Chedraoui, o aspecto mais importante dessa relação com a natureza é o uso da iluminação solar, a luz natural, uma vez que quase todos os seres vivos, incluindo nós, seguem de forma biológica o ciclo circadiano. “Neste ciclo, nosso sono e outras funções do organismo são regulados de acordo com a luminosidade que nosso cérebro recebe. A luz do sol varia ao longo do dia, o que faz nosso relógio biológico funcionar de forma adequada”, explica.

Roberta acrescenta que quando estamos em ambientes fechados que têm apenas a iluminação artificial, nosso organismo perde essa percepção. “Esta situação, de forma crônica, pode estar relacionado a doenças graves, como o câncer. Aberturas em um projeto, além de trazer a iluminação natural, permitem uma conexão com exterior, auxiliando na recuperação do paciente, sendo um espaço tranquilo e relaxante para ele e seu acompanhante”, pontua.

Essa relação, como dito anteriormente, também afeta e é de extrema importância para os funcionários. Em uma pesquisa sobre biofilia em ambientes de trabalho, a ‘’Human Spaces: The Global Impact of Biophilic Design in the Workplace’’, feita em 2015 com 7.600 pessoas entrevistadas ao redor do mundo, ficou constatado que os níveis de estresse dos funcionários são maiores quando não há uma vista para alguma janela e ficam menores quando existe o uso de iluminação natural, elementos naturais e uso de cores presentes na natureza (como verde, azul e amarelo). “O uso de vegetação melhora os níveis de desempenho, atendimento e bem-estar dos funcionários, além de menos dias relatados de afastamento por doença, tudo isso sendo pontos que contribuem para um bom funcionamento hospitalar”, conclui Carolina.

9° Encontro de Profissionais Pró-Saúde

Na semana passada aconteceu o 9° Encontro de Profissionais Pró-Saúde em Londrina. O encontro reuniu as equipes de Ribeirão Preto, Londrina, Maringá e Pato Branco para compartilhar informações sobre os projetos em andamento, entender o cenário atual de trabalho do arquiteto de saúde, definir o portfólio para 2020 e revisar processos de trabalho. Além disso, a equipe fez um importante trabalho de discussão sobre a consulta pública n°725 da ANVISA sobre a RDC que deverá substituir a RDC 50/2002, legislação que rege o setor e que passará por atualização. O grupo estudou todas as propostas para gerar uma contribuição à consulta. Com 27 anos de experiência no setor, a Pró-Saúde tem expertise na área de arquitetura e gestão para edifícios de saúde trazendo soluções de consultoria e projeto, desde a fundamentação das decisões até a elaboração dos projetos nestes estabelecimentos.

Eduardo leitos hospital

Conforto, aconchego e humanização nos hospitais

As mudanças na área da saúde foram intensas na última década. Desde o ponto de vista tecnológico até o lado humano, as transformações vieram e, com elas, a necessidade de criar ambientes que favorecessem esta nova forma de atuar, proporcionando uma boa experiência para os usuários.
Seguindo esta ideia, vivemos uma crescente busca pela humanização e pelo bem-estar de pacientes e profissionais que passam o dia (ou a noite) em hospitais. “A arquitetura hospitalar também acompanhou este processo. Hoje não vemos mais hospitais apenas como estruturas de concreto, mas como um lugar que pode gerar conforto e bem-estar, contribuindo efetivamente na recuperação do paciente e também para aliviar a rotina e estresse dos profissionais trabalham nele”, diz Eduardo Nishitani, arquiteto da Pró-Saúde.
Ele acrescenta que o projeto de um novo hospital, ou mesmo a reforma de uma estrutura, contempla este novo olhar. “É preciso, claro, pensar na funcionalidade do espaço, nas necessidades que um hospital tem, nas regras e normas que precisam ser seguidas. Além disto, usamos outros recursos para ter uma estrutura que, além de eficiente, seja agradável. Possibilitar a entrada de luz natural, usar de elementos da arte e da natureza integrados ao espaço são algumas formas de trazer vida às edificações de saúde”, cita.
Segurança e acessibilidade também contam pontos. “Não se pode pensar em conforto onde não há segurança. Do tipo de piso escolhido até o uso de barras de segurança, projetamos cada espaço em detalhes. Leitos e banheiros não devem ter desníveis no piso, corredores e entradas precisam ter livre acesso para todos, inclusive cadeirantes, a iluminação do centro cirúrgico deve ser eficiente, a climatização do ambiente deve promover bem-estar. É um conjunto de medidas que é incluído no projeto. Ele deve ser elaborado por profissionais que entendem de arquitetura e das necessidades da área da saúde”, completa.
A arquitetura hospitalar é complexa e deve sempre contemplar eficiência desde o ponto de vista da estrutura física até as sensações que promove em quem circula pelo espaço. Trazer leveza ao dia a dia de pacientes e profissionais da saúde é um desafio constante de quem atua nesta área.

Arquitetura e hospitais especializados

As últimas décadas foram de muitas mudanças na área da saúde. O que antes se restringia à profissão “médico” ganhou especialidades e até subespecialidades, aprimorando o atendimento e gerando profissionais com maior capacitação. Esta tendência seguiu para os hospitais. Antes eles eram divididos em hospitais para procedimentos de baixa, média ou alta complexidade e equipados para tal. Hoje, além destas especificações, temos hospitais focados em uma única especialidade. Este é o caso do Hospital de Olhos Londrina, inaugurado este ano.

Focado exclusivamente na oftalmologia, o local foi projetado pela Pró-Saúde em parceria com o escritório CF Arquitetura, responsável pelo projeto de interiores. “O hospital atende todas as necessidades de um local focado em procedimentos cirúrgicos e a laser, tendo como diferencial o fato de atender exclusivamente procedimentos oftalmológicos. Toda a estrutura do centro cirúrgico, desde os espaços até a tecnologia, é focada nesta especialidade”, diz Eduardo Nishitani, arquiteto da Pró-Saúde.

A obra tem detalhes tecnológicos que facilitam o dia a dia dos cirurgiões, elevam a segurança e trazem, ao mesmo tempo, um ar de modernidade ao local. “As portas de acesso ao centro cirúrgico são abertas por sistema de sensores acionados pela palma das mãos, o mesmo usado para abrir as torneiras do centro cirúrgico. Isso evita o contato da mão com o ambiente e, consequentemente, uma das formas de contaminação no ambiente hospitalar”, cita Mariana Dias, também arquiteta da Pró-Saúde.

O piso utilizado no centro cirúrgico é o vinílico condutivo, que atende às mais altas exigências do segmento, evitando descargas eletrostáticas, de modo que o risco de mau funcionamento ou desconforto do equipamento durante as cirurgias seja drasticamente reduzido, garantindo também a segurança do paciente. A mesa cirúrgica pode ter sua direção movida por sistema eletrônico, mudando de angulação, o que traz facilidades para o cirurgião. “Além disso, o sistema de ar-condicionado foi projetado obedecendo todas as normas de segurança da Anvisa. A climatização deste ambiente tem várias normas a serem seguidas para garantir as condições necessárias da qualidade do ar bem como o fluxo do mesmo visando a segurança com um sistema exclusivo de filtragem”, completa Eduardo

As saídas de emergência possuem portas largas e de fácil acesso. “O hospital fica dentro de uma galeria comercial e tem saídas facilitadas em caso de urgência. Toda a sinalização facilita o processo, além das portas estrategicamente posicionadas. A porta de saída do centro cirúrgico está no mesmo corredor da saída da clínica, sendo fácil e rápido de ser usada em uma emergência médica ou em caso de incêndio” diz Mariana.

Em caso de uma emergência e a necessidade de transportar o paciente para um outro hospital, o projeto prevê uma saída rápida do centro cirúrgico, com portas largas e rota de saída já prevista pela área comercial do prédio e conduzido até a saída principal, onde uma ambulância estará aguardando o paciente.

Salas de recuperação completam a estrutura, que tem ainda espaço para exames oftalmológicos. “Hospitais especializados já são uma realidade atual, crescendo vertiginosamente conforme a ciência avança e nos garante tecnologias cada vez mais direcionadas. Eles são projetados exatamente para especificidades da medicina, sendo mais efetivos e seguros. Eles minimizam intercorrências como infecções hospitalares quando públicos específicos não são misturados entre si”, conclui Eduardo.

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Projeto de combate e prevenção de incêndio em edifícios de saúde

Um hospital ou estabelecimento de saúde, por sua natureza, tem usuários que estão em situações especiais. Há enfermos, há pessoas se recuperando de cirurgias, há gestantes, enfim, pessoas com mobilidade reduzida ou até sem condições de se locomover. Pensar em um projeto eficiente para a prevenção de incêndios – e o combate dele em uma eventualidade – é uma obrigação de todo estabelecimento de saúde.

De acordo com ele, o projeto arquitetônico de um hospital, clínica médica ou Unidade Básica de Saúde precisa considerar o projeto de combate e prevenção de incêndio. “Instalação de sistema de alarmes, compartimentações horizontal e vertical, uso de materiais antichama, plano de evacuação rápido tanto horizontal como vertical pensando na rápida propagação de fumaça e fogo e uso de portas antichama são itens obrigatório neste projeto”, pontua.

Eduardo lembra que um hospital tem muitos equipamentos eletrônicos, sistema de ar condicionado e uma infinidade de cabos de energia elétrica, todos fundamentais para seu funcionamento. “Pensando nisso, é preciso uma manutenção de todos os sistemas elétricos e eletrônicos, verificação das condições de cabos, ar condicionado. Recentemente tivemos dois casos de incêndio relacionados a curto-circuito em ar condicionado, o Museu do Rio de Janeiro e as instalações do Flamengo. Estes fatos reforçam como é fundamental ter uma constante manutenção dos sistemas ligados à energia e também a instalação de sistemas de alarme que possam soar em caso de ocorrência, salvando vidas”, destaca.

A Anvisa publicou um manual “Segurança contra incêndio em edifícios de saúde” que pode ser acessado virtualmente no link https://bit.ly/2JG9NLT