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Fachadas com vidro podem ser um diferencial nos hospitais

A arquitetura hospitalar ganhou novas roupagens e funções nos últimos anos. Unindo beleza e modernidade, preocupação com o meio ambiente e funcionalidade, novos materiais foram sendo incorporados a estas edificações. Um exemplo é o vidro. “O uso do vidro em fachadas de edificações de saúde se tornou uma tendência devido à busca da estética e modernidade para os novos hospitais. Entretanto estas grandes fachadas de vidro só se tornam um benefício para o usuário quando ela gera uma relação com o exterior e a natureza, promovendo diversas sensações como distrações positivas”, antecipa a arquiteta Carolina Chedraoui, da Pró Saúde.

Na visão dela, o uso do vidro traz de benefícios aos usuários do local. “O uso do vidro pode gerar distrações positivas dependendo do que se pode ver através dele como, por exemplo, se tiver um jardim ou algum elemento artístico que possa gerar sensação de paz e conforto dentro do ambiente, criando uma relação interior/exterior”, pontua. Ter acesso a esta visão privilegiada, ao invés de apenas paredes, traz mais conforto a pacientes e equipe de saúde.

O melhor aproveitamento da luz natural é outro benefício das fachadas de vidro. Elas permitem que a iluminação externa entre no ambiente, reduzindo a necessidade de luz artificial. Há muitos materiais disponíveis, sendo preciso estudar a necessidade de cada edificação para escolher o ideal. Há vidros que isolam o calor que vem da área externa e do sol, outros reduzem os ruídos, eles podem ser espelhados, coloridos, enfim, há muitas utilidades e funções que escolhemos de acordo com o perfil e local onde ele será colocado.

Existem inclusive vidros para situações especiais, como vidro plumbífero que protege os médicos e técnicos quando da realização de exames de imagem, eles trazem segurança às salas de raios X, tomografia e outras que utilizam o mesmo tipo de radiação ionizante.

A beleza que o vidro agrega à edificação é um benefício a mais. “O vidro é muito versátil e pode proporcionar conforto acústico e luminoso além de humanizar o local. Por isso ele vem ganhando destaque na arquitetura de um modo geral, inclusive na arquitetura hospitalar”, conclui Carolina.

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Arquitetura hospitalar: projetos flexíveis e individuais

Pensar em uma edificação de saúde vai muito além do conhecimento técnico científico da engenharia e da arquitetura para as construções. Com uso e características bem particulares, cada projeto de saúde é precedido de um trabalho minucioso de pesquisa, estudo, conhecimento para, enfim, ganhar vida. “Há leis e regras específicas para o setor, há as necessidades dos usuários que vão circular por lá, neste caso pacientes e profissionais da saúde em geral, há a questão da assepsia e da flexibilidade para que aquele estabelecimento se atualize ou amplie quando for necessário”, cita Eduardo Nishitani, arquiteto da Pró-Saúde.

Atuando na área há mais de 10 anos com experiência em projetos dos mais diversos portes, Eduardo cita aspectos que sempre precisam ser pensados para atender às necessidades da edificação: contexto urbano, cultural e social de onde foram implantados, legislação vigente, uso de materiais especiais e existência de um plano diretor. “Um hospital nunca pode ser uma obra fechada, ele deve ser pensado e projetado para se atualizar sempre que necessário, pois os serviços de saúde estão em constante evolução”, pontua Eduardo.

Conhecer o cliente, a necessidade real da cidade ou mesmo do bairro é fundamental em vários aspectos. “Um estabelecimento de saúde é, antes de tudo, uma prestação de serviços à sociedade. É imprescindível saber se aquele serviço é necessário, em que medida, com quais características e de que porte. Se não for economicamente viável, será um elefante branco. E isso não pode acontecer nem na esfera pública nem na privada”, destaca o arquiteto.

Como muitos são os aspectos levados em consideração, a Pró-Saúde atua de forma multidisciplinar. “É unindo conhecimentos e experiências que alcançamos a excelência nos projetos. Cada qual com seu saber contribui para que aquela edificação projetada tenha sucesso em todos os âmbitos: no atendimento ao paciente, na viabilidade econômica, na flexibilidade para se manter sempre atualizado, na segurança, no respeito à legislação e até no que se refere ao trânsito de veículos e pessoas no entorno. Muitos são os fatores que impactam na comunidade, trabalhamos para que isso seja sempre positivo”, diz.

Seja uma clínica, um laboratório, um hospital, uma unidade básica de saúde, todas as edificações de saúde precisam de projetos bem estruturados e inteligentes. Nem só de paredes, portas e janelas se faz uma construção. “Estacionamento, circulação de pessoas, fluxos, áreas limpas e área de acesso restrito, natureza do atendimento, projetos visuais para comunicação eficiente, controle de acesso para a segurança. Há uma série de recomendações que seguimos que são bem específicas da área da saúde”, conclui Eduardo.

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Hospital requer planejamento

Instituições complexas, os hospitais devem ser projetados de forma a não engessar suas estruturas, permitindo que se ele­s se atualizem, ampliem ou adotem novas tecnologias sempre que isto se faz necessário. Adotar plantas flexíveis e projetos para médio e longo prazo são fundamentais para manter a saúde financeira e a viabilidade da instituição. Neste aspecto, a arquiteta Mariluz Gomez Esteves aponta que o projeto deve sempre pensar no presente, contemplando o que virá no futuro. “A área da saúde está em constante evolução, não devemos nunca ignorar esta natureza quando projetamos uma edificação. Este planejamento traz otimização de recursos, redução de custos e qualidade na prestação do serviço”, atesta.

O Plano Diretor Hospitalar é outro elemento fundamental para os estabelecimentos de saúde. “Complexos de saúde geram alteração no tráfego tanto de veículos como de pessoas. No Plano Diretor Hospitalar direcionamos sobre como deverá ser o tamanho da edificação, os afastamentos obrigatórios, as áreas de embarque e desembarque, enfim as regras viárias a serem adotadas respeitando o zoneamento da cidade”, explica. Seja a instituição pública ou privada, todas precisam se adequar às mudanças. “Tudo isto precisa estar previsto no projeto inicial da edificação e no plano diretor”, destaca Mariluz.

A natureza de um complexo de saúde difere da maioria das edificações, tendo uso e regras específicos. “O projeto deve contemplar tudo isso, pensar na infraestrutura física e administrativa do estabelecimento de saúde bem como a parte financeira, aspectos culturais, epidemiológicos e socais. É todo um estudo que é realizado para planejar e projetar aquele estabelecimento para o presente e para o futuro garantindo que ele seja sustentável. Temos que ter em mente que as instituições de saúde evoluem e por isso as edificações precisam estar abertas para acompanhar as mudanças, assim como o corpo clínico e a área administrativa”, completa.

Mariluz finaliza lembrando que hoje os hospitais são empreendimentos empresariais e por isso precisam não só pensar na qualidade do atendimento como na correta utilização dos recursos para serem viáveis. “Quem não se atentar para a exigência de ter um ‘hospital do futuro’ poderá enfrentar dificuldades”, conclui.

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Hospitais e impacto na circulação viária

A construção de um hospital gera impacto viário no entorno de sua localização. Uma vez inaugurado, ele eleva o fluxo de veículos e pessoas, sendo fundamental fazer previamente o estudo de impacto viário e também verificar se aquele local escolhido contempla uma construção deste porte. “Cada cidade tem seu plano diretor, suas áreas em que são permitidas construções geradoras de tráfego, como as de um hospital”, destaca Isadora Affonso, arquiteta da Pró-Saúde.

A empresa, que tem expertise em projetos de edificações de saúde, cuida de cada detalhe do projeto quando da idealização de um hospital. Qual porte ele terá? O que isso acarretará naquela localização? Quais as regras nacionais e também municipais que viabilizam e autorizam a construção? “Muitos são os aspectos levados em conta. No que se refere ao fluxo de veículos e pessoas precisamos projetar a correta localização dos acessos, dimensionar o estacionamento para abrigar as vagas, projetar as vias internas de circulação, o pátio de carga e descarga, embarque e desembarque de pessoas e outros pontos previstos no Código de Edificações”, explica a arquiteta. Tudo é esmiuçado na lei.

Os hospitais são fundamentais nas cidades, bem projetados e estudados, trazem muitos benefícios para a comunidade local e por vezes até extrapolam as fronteiras, atendendo todo o estado. “Na fase da elaboração do projeto, é muito importante se atentar para a questão do impacto viário, pois isso pode refletir negativamente se não for bem elaborado. É preciso garantir o direito de ir e vir, fazer com que o trânsito flua e colher dos benefícios da nova edificação que por vezes até traz uma valorização para aquela região. A mobilidade urbana é uma preocupação constante em nossos projetos”, pontua Isadora.

Planejar e se preparar para a elevação do fluxo no local traz tranquilidade quando da inauguração e funcionamento do hospital. “O trânsito eficiente é aquele que acontece com segurança, agilidade e fluidez”, finaliza Isadora.

Santa Izabel

Cuidar das pessoas, este é o foco

Oferecer não apenas um atendimento médico, mas permitir que o paciente tenha uma experiência positiva dentro de um estabelecimento de saúde. Este é o caminho atual que vem sendo buscado por algumas instituições, como o Hospital Santa Izabel, que pertence à Santa Casa da Bahia. Especializado no atendimento de alta complexidade e referência não só no estado como em todo Brasil, a instituição tem um trabalho focado na experiência do paciente. Quem explica é o diretor técnico do hospital, Dr. Ricardo Madureira.

Dr. Ricardo, o que podemos compreender por experiência do paciente?

É soma de todas as interações experimentadas pelos pacientes e familiares durante o processo de atendimento, desde o momento de escolha da unidade, passando por todos os contatos realizados e percepção do ambiente e posteriormente a relação pós-uso. Todo processo deve ter como premissa o cuidado centrado na pessoa e com coordenação adequada. Na gestão de organizações de saúde que querem garantir fidelização e sustentabilidade, a busca pela excelência na experiência dos pacientes é fundamental.

 

O que o Hospital Santa Izabel desenvolveu no que diz respeito à experiência do paciente?

Somos um Hospital pioneiro na política de humanização do Ministério da Saúde e há mais de 15 anos mantemos um comitê multidisciplinar que mantém um portfólio de ações voltadas a melhorar a experiência dos nossos pacientes, como: treinamento permanente de colaboradores, melhoria do aspecto dos alimentos, música no Hospital, brinquedoteca, visita do cão amigo, medicina paliativa, reiki, etc. Em 2019 iremos lançar um núcleo executivo e exclusivo voltado a captar e promover a melhor experiência do paciente no Hospital. Fazendo parte de um objetivo estratégico da organização, com a chancela e hierarquicamente ligado ao Superintendente.

 

Que diferenciais este cuidado trouxe na promoção da saúde?

Essencialmente o mais importante é colocar o paciente como eixo principal e empoderá-lo com conhecimento, mas isto é uma mudança cultural.

 

E para o Hospital, o que mudou com esta abordagem?

Compreensão e atualização de dirigentes e profissionais para que este trabalho resulte em melhores resultados.

 

O ambiente e a arquitetura também entram nesta composição?

Os ambientes devem se tornar mais acolhedores refletindo a tendência em ter o paciente (cliente) como centro da atenção e processos. Detalhes como maior iluminação natural, verde e mobiliário que se aproximem dos ambientes familiares.

 

A experiência do paciente é o caminho para quem quer se atualizar e se conectar com o paciente dos dias de hoje? O componente humano passou a ser fundamental?

Sim. O componente humano sempre foi fundamental, nós é que estamos perdendo esta essência.

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A Pró Saúde não é apenas um escritório de arquitetura

[vc_row][vc_column][vc_column_text]A Pró Saúde, que completou 25 anos em 2018, não é apenas um escritório de arquitetura.

Ela nasce da vocação de ensinar e perfil multidisciplinar de sua idealizadora, Mariluz Gomez. É um negócio que foi se desenvolvendo no decorrer dos anos e em sintonia com as demandas do momento – e com o olhar orientado para o futuro – sempre em colaboração com sócios, clientes e parceiros.

Trata-se de um hub de soluções que, a partir de seu profundo conhecimento técnico e legal, planeja, avalia, dimensiona e elabora projetos de estabelecimentos assistenciais e de interesse à saúde. Em sua sólida trajetória, que contempla 443 clientes, com mais de 1000 projetos elaborados, desenvolveu e aprimorou métodos que a destacam e a posicionam entre os principais players deste mercado.

O nome Pró Saúde – Profissionais Associados teve origem na busca por uma marca que comportasse a multidisciplinaridade necessária para fazer consultoria e projetos identificados integralmente com o setor de saúde e as suas particularidades.

Este know how, permite oferecer aos hospitais existentes com necessidades de atualização, melhora ou ampliação de sua área física. Além disso, possui grande expertise na elaboração do Plano Diretor de Projetos e Obras – outro serviço que se destaca como poderoso instrumento de desenvolvimento dos estabelecimentos assistenciais de saúde, pois tem como objetivo dirigir o crescimento das edificações através de diretrizes gerais e técnicas, apresentadas por textos e desenhos ilustrativos, adequando modernidade e beleza às necessidades e legislações da área da saúde.

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Pronto Atendimento Fast Track

O Pronto Atendimento é o local no hospital que recebe todas as emergências. É a porta de entrada do hospital e é, também, um dos locais mais suscetíveis à superlotação e a longas esperas pelos pacientes. Arquiteta da Pró-Saúde, Isadora Affonso explica que atualmente, grande parte dos PA’s no país trabalha com protocolos de acolhimento e classificação de risco, que buscam organizar o atendimento dos pacientes em emergência de tal forma que todos possam ser bem atendidos, em um tempo hábil de acordo com a gravidade ou risco de cada um, conforme orienta o “Protocolo de Manchester”.

“Entretanto, em vários locais, as condições físicas do hospital não contribuem com a assistência oferecida. A rotatividade de atendimento cai, o tempo de espera dos pacientes classificados como “pouco urgente” ou “não urgente” aumenta e a eficiência do serviço diminui”, acrescenta.

Para resolver este problema, a Pró-Saúde tem trabalhado com uma nova tendência, cada vez mais adotada em pronto atendimentos pelo país: o pronto atendimento “fast track”. “O foco é diminuir o tempo de estadia de paciente não-graves no hospital, possibilitando assim uma melhor assistência para pacientes graves. Este protocolo garante que a maior parte dos usuários do pronto atendimento já seja atendida e liberada na primeira etapa de triagem”, esclarece.

Isadora diz que uma primeira classificação direciona os pacientes graves para o salão de observação e atendimento e os pacientes de baixa gravidade para os boxes de atendimento rápido. “Nestes boxes é feita a primeira avaliação já por uma equipe médica. Em hospitais nos quais este sistema foi implantado, foi verificado que até 80% da demanda emergencial já pode ser solucionada nesta etapa. Os pacientes são então liberados logo após esta primeira triagem”, pontua.

Caso haja necessidade de continuar o atendimento, o paciente é encaminhado para a segunda etapa (medicação, inalação, etc) onde será acompanhado por outra equipe. Após este atendimento, o paciente é então reavaliado nos consultórios de reavaliação antes de ser liberado.

“Assim como nas corridas de Fórmula 1, quando os carros são recebidos nos boxes para serem abastecidos e “cuidados”, no Pronto Atendimento Fast Track cada profissional cuida de uma etapa do atendimento e o paciente nunca volta para o ponto anterior; está sempre evoluindo, até que o atendimento seja finalizado. O tempo de espera diminui. A eficiência aumenta. E o hospital funciona melhor!”, conclui.

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Experiência do paciente, um grande diferencial nos serviços de saúde

Como você se sente ao entrar em um hospital? Que lembranças vêm à sua mente da última vez em que precisou de um? Cada vez mais é preciso que os hospitais invistam não só em recursos e tecnologia como também na experiência que proporcionam ao paciente. Nos últimos anos, houve uma mudança na dinâmica dos serviços de saúde e no perfil dos pacientes. Por isso, é de suma importância se atentar para a qualidade e o cuidado com ele do início ao fim do processo.

De acordo com o Beryl Institute, que é a comunidade global referência sobre o assunto, a experiência do paciente é a somatória de “todas as interações, moldadas pela cultura da organização, que influenciam a percepção do paciente por meio da continuidade do cuidado”. Nessa linha, estabelecer uma cultura de respeito, cordialidade e visão focada no paciente é um passo para a boa experiência.

A arquitetura hospitalar entra nesse rol podendo trazer uma experiência agradável ao paciente. É preciso pensar nas necessidades do público que circula naquele estabelecimento de saúde e criar projetos que atendam a isso, tanto os pacientes como os colaboradores. Conforto, segurança, climatização, iluminação e clareza na comunicação para que as pessoas não se sintam perdidas nos corredores são alguns exemplos que podem ser bem trabalhados para garantira a experiência positiva do paciente, e isso desde que ele chega ao estacionamento e recepção até o momento em que ele sai.

Não se pode esquecer que os estabelecimentos de saúde têm um diferencial, eles recebem pessoas que estão lá por necessidade e não desejo. Cuidar para que a experiência seja agradável ajuda inclusive na recuperação do paciente. A equipe de colaboradores tem papel fundamental nisso. Todos precisam estar alinhados nessa tarefa, nessa cultura da organização, sabendo que impactam diretamente no paciente com suas condutas. E não é preciso muito esforço, iniciar com um sorriso cordial e um olhar atento ao que ele fala já é um bom começo.

A experiência do paciente envolve muitos aspectos, é a forma como ele, indivíduo, interagiu com aquele ambiente e tudo o que ele sentiu no processo, por isso é fundamental entender que cada pessoa é única e deve ser vista em sua totalidade, respeitando as individualidades para uma experiência plena. Há crianças, há idosos, há pessoas com dificuldade de locomoção, cada qual tem suas particularidades que devem ser levadas em consideração no atendimento.

Algumas perguntas ajudam a saber se o hospital está proporcionando uma boa experiência ao paciente. O atendimento é ágil e eficiente? O paciente se sente seguro no trajeto entre os setores? Recebe as informações com clareza? Tem disponíveis recursos que o mantem relaxado? A iluminação é adequada? Essas são algumas questões que ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade e em um hospital é fundamental pensar em reduzir esses sentimentos. A música é outro fator que pode ser usado em favor do paciente, tranquilizando-o antes de uma cirurgia ou um exame mais complexo. Mais uma vez, o fundamental é pensar nas necessidades do paciente e oferecer a ele algo que o ajude no momento em que está fragilizado.

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Um hospital pode ter cores?

Para a arquiteta Isadora Vidal, da Pró Saúde, pode sim. “As cores podem ser usadas para melhorar a experiência do paciente no ambiente hospitalar. Sabemos que elas influenciam no humor, nas sensações, então, se bem aplicadas, podem ser usadas sim”, diz.

Fugir do branco é uma forma de mudar a “cara de hospital”, agregar mais harmonia e até auxiliar na humanização do atendimento.

“Profissionais que atuam com crianças, por exemplo, saíram na frente e começaram a usar de cores e desenhos para deixar as crianças mais à vontade e tranquilas durante o atendimento. Estamos falando de uma edificação hospitalar, de um local onde as pessoas vão porque estão precisando. Então, nada mais inteligente que projetar espaços que sejam agradáveis. As cores, com certeza, fazem parte destes arsenal”, conclui.

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A ambientação dentro do edifício hospitalar

Como você se sente dentro de um hospital? A forma como interagimos com o meio tem muito a ver com o visual e sensações que ele nos proporciona por conta de sua estrutura física. É por isso que o trabalho de ambientação dentro do edifício hospitalar vem ganhando maior visibilidade e sendo mais valorizado.

De acordo com a arquiteta Carolina Chedraoui, da Pró Saúde, a sensação de bem-estar humana é gerada quando o espaço físico oferece a estimulação positiva de forma moderada, ou seja, os níveis de estimulação não podem ser muito altos, mas também não podem ser muito baixos. “Se o nível de estimulação for muito alto, como o volume alto do som, uma iluminação muito intensa ou até uso cores vibrantes pode, ao invés de diminuir, aumentar o estresse. Entretanto se o nível sensorial é muito baixo, ou simplesmente não existe, o paciente estará favorável a sentimentos ruins ou depressão”, explica.

A equipe Pró-Saúde busca sempre o equilíbrio nos projetos de ambientação Hospitalar, incorporando elementos que criam uma distração positiva para os usuários, trabalhando a iluminação, painéis coloridos e elementos separados que em conjunto desenvolvem um ambiente aconchegante e receptivo.