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Pró-Saúde Arquitetura, focada em arquitetura hospitalar, completa 30 anos em um mercado competitivo e exigente

São mais de 478 clientes e 1.040 projetos elaborados em seus 30 anos de existência. A empresa, que começou na década de 90, celebra, no ano de 2023, uma fase madura, repleta de trabalho e muitos projetos de arquitetura de saúde desenvolvidos em todo o Brasil. Hoje, a empresa conta com a sede do escritório localizado na cidade Maringá (PR), dirigido pela arquiteta Ana Lúcia Bagatin e a Diretora Executiva Mariluz Gomez, que desenvolve trabalhos na área de Consultoria de gestão e arquitetura hospitalar.

Com uma equipe multidisciplinar, a Pró-Saúde se destaca não só por projetos funcionais, mas também pelo sucesso em garantir a hospitais e outras estruturas arquitetônicas soluções avançadas e inovadoras, que auxiliam no dia a dia e garantem mais segurança e conforto aos usuários, pacientes e profissionais.

Como Mariluz menciona, a arquitetura é uma forma de arte que reflete a humanidade em todas as suas facetas. Ela evolui ao longo do tempo, adaptando-se às necessidades e desejos em constante mudança das pessoas na sociedade. A empresa de arquitetura hospitalar, Pró-Saúde, está na vanguarda da arquitetura de saúde, ajudando a moldar o futuro!

 

Parabéns aos 30 anos!

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Diretora Executiva da Pró-Saúde Associados comemora 40 anos de formatura em Brasília

A Diretora Executiva da Pró-Saúde Associados, Mariluz Gomez Esteves, participou do evento em comemoração aos 40 anos de formatura do Curso do Arquitetura e Urbanismo da UnB (Universidade de Brasília), que aconteceu em novembro e reuniu professores, amigos e ex-alunos.

Para relembrar os bons momentos como alunos da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) os ex-alunos elaboraram um encontro memorável com passeios na UnB e pontos turísticos da capital brasileira. O evento marcou histórias decisivas na carreira de vários profissionais, pois com o embate político da época, caracterizado pelo fim do regime militar, diversos alunos tiveram que se adaptar às mudanças, como Mariluz, que foi para o estado do Paraná lecionar na UEL (Universidade Estadual de Londrina).

“Tive uma grande sorte de cair numa escola onde a diversidade era permitida. A gente podia ser tudo o que a gente quisesse: direita, esquerda, e fazíamos acontecer”, enfatiza Esteves.

Em meio às incertezas da época, a arquiteta direcionou seus estudos para uma especialização em Arquitetura dos Sistemas de Saúde, o pontapé inicial para a construção da carreira como profissional. Hoje, com um extenso currículo, Mariluz Gomez Esteves é reconhecida como uma das mais talentosas Arquitetas Hospitalares, com ênfase em consultoria e gestão hospitalar.

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Complexo Câncer Center | Guarapuava (PR)

[vc_row][vc_column][vc_column_text]O Câncer Center é um complexo especializado em oncologia que reúne no Hospital do Câncer setor de Radioterapia, Quimioterapia e abriga o Instituto para a Pesquisa do Câncer (IPEC). Será administrado pelo Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, de Guarapuava (PR), e pelo Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba (PR). O projeto, no qual o nosso time de Londrina, coordenado pelo arquiteto Eduardo Nishitani em parceria com a Envereda Arquitetura estão desenvolvendo com muita dedicação.

O hospital e a radioterapia estão em construção. O primeiro será destinado ao atendimento de pacientes moderados e graves e terá 100 leitos, sendo 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de um centro cirúrgico. A radioterapia é inédita em Guarapuava e região e responde uma demanda antiga da população. O projeto do Câncer Center foi concebido para permitir que a ativação seja feita, primeiramente, pelos setores onde a ampliação dos serviços fossem mais urgentes. A primeira fase de inauguração aconteceu em julho desse ano, colocando em funcionamento a quimioterapia, no térreo, e o Instituto para Pesquisa do Câncer (IPEC), no pavimento superior. O ambulatório de quimioterapia conta com seis leitos de observação, sala de emergência, cinco consultórios e vinte poltronas em cabines individualizadas.

O instituto (IPEC) tem como missão desenvolver pesquisa básica e aplicada voltada ao diagnóstico, prognóstico e tratamento do câncer e doenças de base genética, além de promover a formação especializada em medicina de precisão. Foi criado para ser uma plataforma de pesquisa genômica com corpo técnico e clínico especializado, capaz de trabalhar com amplo portfólio de testes genéticos, com equipamentos e metodologias de última geração. Ele atuará em diferentes áreas, como oncogenética, neurogenética, cardiogenética e doenças raras.

Começo

Tudo começou a partir do Plano de Projetos e Obras desenvolvido pela Pró-Saúde junto com o hospital São Vicente de Paulo, uma das instituições que administrará o empreendimento. A estrutura original do hospital é datada de 1913, e não possuía capacidade de crescimento que comportasse os planos estratégicos de expansão. Com a contemplação de um acelerador linear pelo programa federal, que prevê a oferta de equipamentos para o tratamento contra o câncer, começou-se a concepção do novo prédio que abrigaria o hospital.

O Câncer Center foi concebido aos poucos. A ideia original previa ampliação do atendimento de quimioterapia – o hospital atende hoje cerca de dez mil pacientes gerais por mês e 1,2 mil pacientes oncológicos – e a construção da nova ala para radioterapia no qual se encontrará o acelerador linear.

O prédio, que já está em fase de execução, possui ao todo seis pavimentos. Os dois maiores lados dessa estrutura reúnem 100 leitos, sendo 20 de Unidade de Terapia Intensiva, além do centro cirúrgico contendo seis salas modernas com equipamentos de última geração. Ele fica localizado em uma área de 20 mil metros que conta, ainda, com estacionamento amplo. A radioterapia, irá ocupar uma área de 776 metros quadrados, com capacidade para atender 70 pessoas por dia e fará parte desse grande complexo hospitalar.

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Roberta e Carol baixa

Arquitetura e os elementos naturais

Em um projeto arquitetônico de uma edificação hospitalar há aspectos que devem ser considerados quando se pensa no bem-estar, seja para o usuário paciente ou para o usuário funcionário. Esse bem-estar está diretamente ligado à recuperação do paciente e desempenho de trabalho do funcionário.

Esses aspectos, muitas vezes relacionados à humanização dos espaços, incluem nossa relação com a natureza, denominada biofilia. O nome foi dado pelo biólogo norte americano Edward O. Wilson. Em seu estudo, ele fala sobre como o ser humano, antes dos centros urbanos, tinha uma forte ligação com a natureza e, como agora, vivendo em espaços fechados, o desempenho e bem-estar das pessoas foram prejudicados pela falta dessa relação.

A arquiteta Roberta Marques explica que com esta filosofia é cada vez mais comum o surgimento de propostas arquitetônicas e de interiores que privilegiam materiais naturais, como madeira, palha e uso de vegetações em espaços internos ou mesmo o uso de cores comuns na natureza. “É uma forma de trazer a sensação de proximidade com a natureza, humanizando esses espaços. No caso de um hospital, essa humanização é importante para um paciente em recuperação, tornado os espaços mais leves perante as diversas situações que um hospital pode receber”, descreve.
Segundo a arquiteta Carolina Chedraoui, o aspecto mais importante dessa relação com a natureza é o uso da iluminação solar, a luz natural, uma vez que quase todos os seres vivos, incluindo nós, seguem de forma biológica o ciclo circadiano. “Neste ciclo, nosso sono e outras funções do organismo são regulados de acordo com a luminosidade que nosso cérebro recebe. A luz do sol varia ao longo do dia, o que faz nosso relógio biológico funcionar de forma adequada”, explica.

Roberta acrescenta que quando estamos em ambientes fechados que têm apenas a iluminação artificial, nosso organismo perde essa percepção. “Esta situação, de forma crônica, pode estar relacionado a doenças graves, como o câncer. Aberturas em um projeto, além de trazer a iluminação natural, permitem uma conexão com exterior, auxiliando na recuperação do paciente, sendo um espaço tranquilo e relaxante para ele e seu acompanhante”, pontua.

Essa relação, como dito anteriormente, também afeta e é de extrema importância para os funcionários. Em uma pesquisa sobre biofilia em ambientes de trabalho, a ‘’Human Spaces: The Global Impact of Biophilic Design in the Workplace’’, feita em 2015 com 7.600 pessoas entrevistadas ao redor do mundo, ficou constatado que os níveis de estresse dos funcionários são maiores quando não há uma vista para alguma janela e ficam menores quando existe o uso de iluminação natural, elementos naturais e uso de cores presentes na natureza (como verde, azul e amarelo). “O uso de vegetação melhora os níveis de desempenho, atendimento e bem-estar dos funcionários, além de menos dias relatados de afastamento por doença, tudo isso sendo pontos que contribuem para um bom funcionamento hospitalar”, conclui Carolina.

Arquitetura e hospitais especializados

As últimas décadas foram de muitas mudanças na área da saúde. O que antes se restringia à profissão “médico” ganhou especialidades e até subespecialidades, aprimorando o atendimento e gerando profissionais com maior capacitação. Esta tendência seguiu para os hospitais. Antes eles eram divididos em hospitais para procedimentos de baixa, média ou alta complexidade e equipados para tal. Hoje, além destas especificações, temos hospitais focados em uma única especialidade. Este é o caso do Hospital de Olhos Londrina, inaugurado este ano.

Focado exclusivamente na oftalmologia, o local foi projetado pela Pró-Saúde em parceria com o escritório CF Arquitetura, responsável pelo projeto de interiores. “O hospital atende todas as necessidades de um local focado em procedimentos cirúrgicos e a laser, tendo como diferencial o fato de atender exclusivamente procedimentos oftalmológicos. Toda a estrutura do centro cirúrgico, desde os espaços até a tecnologia, é focada nesta especialidade”, diz Eduardo Nishitani, arquiteto da Pró-Saúde.

A obra tem detalhes tecnológicos que facilitam o dia a dia dos cirurgiões, elevam a segurança e trazem, ao mesmo tempo, um ar de modernidade ao local. “As portas de acesso ao centro cirúrgico são abertas por sistema de sensores acionados pela palma das mãos, o mesmo usado para abrir as torneiras do centro cirúrgico. Isso evita o contato da mão com o ambiente e, consequentemente, uma das formas de contaminação no ambiente hospitalar”, cita Mariana Dias, também arquiteta da Pró-Saúde.

O piso utilizado no centro cirúrgico é o vinílico condutivo, que atende às mais altas exigências do segmento, evitando descargas eletrostáticas, de modo que o risco de mau funcionamento ou desconforto do equipamento durante as cirurgias seja drasticamente reduzido, garantindo também a segurança do paciente. A mesa cirúrgica pode ter sua direção movida por sistema eletrônico, mudando de angulação, o que traz facilidades para o cirurgião. “Além disso, o sistema de ar-condicionado foi projetado obedecendo todas as normas de segurança da Anvisa. A climatização deste ambiente tem várias normas a serem seguidas para garantir as condições necessárias da qualidade do ar bem como o fluxo do mesmo visando a segurança com um sistema exclusivo de filtragem”, completa Eduardo

As saídas de emergência possuem portas largas e de fácil acesso. “O hospital fica dentro de uma galeria comercial e tem saídas facilitadas em caso de urgência. Toda a sinalização facilita o processo, além das portas estrategicamente posicionadas. A porta de saída do centro cirúrgico está no mesmo corredor da saída da clínica, sendo fácil e rápido de ser usada em uma emergência médica ou em caso de incêndio” diz Mariana.

Em caso de uma emergência e a necessidade de transportar o paciente para um outro hospital, o projeto prevê uma saída rápida do centro cirúrgico, com portas largas e rota de saída já prevista pela área comercial do prédio e conduzido até a saída principal, onde uma ambulância estará aguardando o paciente.

Salas de recuperação completam a estrutura, que tem ainda espaço para exames oftalmológicos. “Hospitais especializados já são uma realidade atual, crescendo vertiginosamente conforme a ciência avança e nos garante tecnologias cada vez mais direcionadas. Eles são projetados exatamente para especificidades da medicina, sendo mais efetivos e seguros. Eles minimizam intercorrências como infecções hospitalares quando públicos específicos não são misturados entre si”, conclui Eduardo.

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Diagnóstico por imagem e a complexidade na instalação dos equipamentos

A complexidade dos exames de diagnóstico por imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, não está apenas na tecnologia do equipamento em si. Toda a estrutura montada para recebê-los precisa estar de acordo com as regras e normas para que sejam eficientes. Justamente por isso, quando um edifício de saúde é projetado, o espaço onde serão instalados estes equipamentos tem atenção especial.

A ressonância magnética é um dos desafios. Por gerar um campo magnético muito forte, há vários passos a serem seguidos. “O estudo começa na escolha do local onde este equipamento será instalado. A Ressonância Magnética tem várias peculiaridades que precisam ser respeitadas, a começar pela distância mínima que o isocentro do magneto (corpo da máquina) precisa estar de locais com massas metálicas em movimento, como elevadores e veículos (carros, ônibus, ambulâncias). Respeitar essas distâncias é fundamental. Para quem não sabe, este equipamento funciona como um imã gigante e, justamente por isso, pode sofrer interferências de massas metálicas”, descreve Eduardo Nishitani, arquiteto da Pró-Saúde.

Do ponto de vista técnico, há muitos pontos que são observados pelo profissional habilitado para projetar o espaço. “O equipamento de ressonância precisa ser blindado, ele gera dois tipos de energia que não podem sofrer interferência. Há os pulsos de radiofrequência que podem interferir ou ser interferidos por equipamentos eletrônicos, como televisões e celulares, e um campo magnético que precisa ser homogêneo para a qualidade do exame. Para isto, o local onde está instalado o equipamento também deve contemplar a blindagem. Podemos fazer isto com o uso da gaiola de faraday, uma cabine de radiofrequência, uma grande caixa de alumínio que envolve o ambiente e impede que ondas de radiofrequência externas entrem e interfiram na geração dos sinais e funcionamento da ressonância”, descreve. A sala onde o equipamento está deve ser livre de cimento, cal ou gesso, o piso precisa estar rebaixado em relação ao piso da porta, internamente ele precisa estar nivelado de acordo com as especificações do fabricante. São muitos itens que constam no projeto.

A temperatura ambiente é outro ponto de atenção. “A climatização é fundamental, há temperaturas exigidas pelo fabricante que precisam ser mantidas. Projetar o espaço para os equipamentos de ar condicionado é de suma importância. Por vezes o hospital ou clínica é construído em partes e a sala dos equipamentos de imagem fica para um segundo momento da obra. Se antecipar deixando os espaços certos para sala de exames e outras obrigações, como os equipamentos de ar condicionado, é fundamental”, cita.

Eduardo pontua que até o caminho que o equipamento irá percorrer até a sala precisa ser previamente pensado. “É um equipamento de grandes dimensões, por isso não vai passar em portas e corredores estreitos e pode afundar os pisos. Quando ela é instalada após a conclusão de uma obra pode ser necessário quebrar paredes para que o equipamento entre no espaço”, diz.

Com tantas especificidades, o projeto para a sala de exames por imagem é realizado em várias mãos. “Trabalhamos com uma equipe multidisciplinar, tendo parceiros em diferentes áreas do conhecimento que se unem a nós nesta tarefa. São equipamentos caros que precisam ter a devida atenção dos profissionais envolvidos no projeto”, afirma Eduardo.

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Humanização em UTIs

Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são locais de muito cuidado e atenção. Há pacientes em situações especiais ali que precisam não só dos conhecimentos técnicos da medicina e da enfermagem como de um ambiente físico adequado para estar. “A arquitetura pode contribuir na humanização destes espaços”, antecipa a arquiteta Carolina Chedraoui, da Pró-Saúde.

De acordo com ela, a humanização parte do princípio de que o paciente precisa ser observado com uma visão global, contemplando todas as necessidades, físicas, emocionais e até espirituais. “Quando se fala em ambientes, podemos pensar em vários aspectos que vão tornar a estada dele na UTI mais leve. Iluminação e climatização adequadas, por exemplo, fazem parte do projeto de uma UTI humanizada. Há hospitais com projetos que contemplam paredes de vidro para que a luz natural possa entrar, desta forma os pacientes podem observar a luz do dia, saber se choveu, ver como está a noite”, cita Carolina.

Ela completa que a ideia de estar em uma UTI costuma gerar estresse, ansiedade e sensação de isolamento no paciente, por isso, quanto mais recursos puderem ser usados para trazer leveza e gerar bem-estar, melhor. “Hospital, ao contrário do que está no senso comum, é um local de hospitalidade, ou seja, de se sentir acolhido, este é o significado da raiz da palavra. Fazer com que o paciente se sinta bem ajuda no processo de recuperação dele. Podemos usar de vários recursos como jardins, quadros e cores para acolher este paciente que está na UTI”, garante Carolina.

A humanização ganhou força neste século, reforçando que a edificação hospitalar pode contribuir no processo de cura. “Entender as necessidades do paciente do ponto de vista físico e técnico da medicina, somado às suas necessidades como indivíduo, é tarefa da equipe que projeta o espaço. Quando se reduz o estresse, o tempo de internação também tende a ser menor. Todos ganham com espaços e atendimento humanizados”, conclui a arquiteta.

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Fachadas com vidro podem ser um diferencial nos hospitais

A arquitetura hospitalar ganhou novas roupagens e funções nos últimos anos. Unindo beleza e modernidade, preocupação com o meio ambiente e funcionalidade, novos materiais foram sendo incorporados a estas edificações. Um exemplo é o vidro. “O uso do vidro em fachadas de edificações de saúde se tornou uma tendência devido à busca da estética e modernidade para os novos hospitais. Entretanto estas grandes fachadas de vidro só se tornam um benefício para o usuário quando ela gera uma relação com o exterior e a natureza, promovendo diversas sensações como distrações positivas”, antecipa a arquiteta Carolina Chedraoui, da Pró Saúde.

Na visão dela, o uso do vidro traz de benefícios aos usuários do local. “O uso do vidro pode gerar distrações positivas dependendo do que se pode ver através dele como, por exemplo, se tiver um jardim ou algum elemento artístico que possa gerar sensação de paz e conforto dentro do ambiente, criando uma relação interior/exterior”, pontua. Ter acesso a esta visão privilegiada, ao invés de apenas paredes, traz mais conforto a pacientes e equipe de saúde.

O melhor aproveitamento da luz natural é outro benefício das fachadas de vidro. Elas permitem que a iluminação externa entre no ambiente, reduzindo a necessidade de luz artificial. Há muitos materiais disponíveis, sendo preciso estudar a necessidade de cada edificação para escolher o ideal. Há vidros que isolam o calor que vem da área externa e do sol, outros reduzem os ruídos, eles podem ser espelhados, coloridos, enfim, há muitas utilidades e funções que escolhemos de acordo com o perfil e local onde ele será colocado.

Existem inclusive vidros para situações especiais, como vidro plumbífero que protege os médicos e técnicos quando da realização de exames de imagem, eles trazem segurança às salas de raios X, tomografia e outras que utilizam o mesmo tipo de radiação ionizante.

A beleza que o vidro agrega à edificação é um benefício a mais. “O vidro é muito versátil e pode proporcionar conforto acústico e luminoso além de humanizar o local. Por isso ele vem ganhando destaque na arquitetura de um modo geral, inclusive na arquitetura hospitalar”, conclui Carolina.

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Arquitetura hospitalar: projetos flexíveis e individuais

Pensar em uma edificação de saúde vai muito além do conhecimento técnico científico da engenharia e da arquitetura para as construções. Com uso e características bem particulares, cada projeto de saúde é precedido de um trabalho minucioso de pesquisa, estudo, conhecimento para, enfim, ganhar vida. “Há leis e regras específicas para o setor, há as necessidades dos usuários que vão circular por lá, neste caso pacientes e profissionais da saúde em geral, há a questão da assepsia e da flexibilidade para que aquele estabelecimento se atualize ou amplie quando for necessário”, cita Eduardo Nishitani, arquiteto da Pró-Saúde.

Atuando na área há mais de 10 anos com experiência em projetos dos mais diversos portes, Eduardo cita aspectos que sempre precisam ser pensados para atender às necessidades da edificação: contexto urbano, cultural e social de onde foram implantados, legislação vigente, uso de materiais especiais e existência de um plano diretor. “Um hospital nunca pode ser uma obra fechada, ele deve ser pensado e projetado para se atualizar sempre que necessário, pois os serviços de saúde estão em constante evolução”, pontua Eduardo.

Conhecer o cliente, a necessidade real da cidade ou mesmo do bairro é fundamental em vários aspectos. “Um estabelecimento de saúde é, antes de tudo, uma prestação de serviços à sociedade. É imprescindível saber se aquele serviço é necessário, em que medida, com quais características e de que porte. Se não for economicamente viável, será um elefante branco. E isso não pode acontecer nem na esfera pública nem na privada”, destaca o arquiteto.

Como muitos são os aspectos levados em consideração, a Pró-Saúde atua de forma multidisciplinar. “É unindo conhecimentos e experiências que alcançamos a excelência nos projetos. Cada qual com seu saber contribui para que aquela edificação projetada tenha sucesso em todos os âmbitos: no atendimento ao paciente, na viabilidade econômica, na flexibilidade para se manter sempre atualizado, na segurança, no respeito à legislação e até no que se refere ao trânsito de veículos e pessoas no entorno. Muitos são os fatores que impactam na comunidade, trabalhamos para que isso seja sempre positivo”, diz.

Seja uma clínica, um laboratório, um hospital, uma unidade básica de saúde, todas as edificações de saúde precisam de projetos bem estruturados e inteligentes. Nem só de paredes, portas e janelas se faz uma construção. “Estacionamento, circulação de pessoas, fluxos, áreas limpas e área de acesso restrito, natureza do atendimento, projetos visuais para comunicação eficiente, controle de acesso para a segurança. Há uma série de recomendações que seguimos que são bem específicas da área da saúde”, conclui Eduardo.