25 anos equipe

Pró Saúde, 25 anos

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Abril de 2018 marca os 25 anos de atuação da Pró-Saúde. Durante esta jornada, muito se conquistou no que diz respeito ao planejamento de um hospital em todos os seus aspectos, bem como na modernização destas edificações com o uso inteligente da tecnologia na promoção da saúde. Chegamos às “bodas de prata”, um relacionamento duradouro de comprometimento com o setor da saúde.

Dentre nosso rol de atribuições está o planejamento detalhado de todos os serviços que serão ofertados em um estabelecimento de saúde. Começamos do zero e desenhamos detalhe por detalhe, unidade por unidade, tudo o que será construído naquela edificação respeitando, dentre outros aspectos, o que determina a legislação sanitária, a acessibilidade, o corpo de bombeiros, compatibilizando e coordenando projetos de todas as engenharias envolvidas nele. Com esse conhecimento, já reabilitamos mais de 150 hospitais por meio de Plano Diretor e possibilitamos que muitos conquistassem a acreditação hospitalar, área da qual temos expertise.

“Durante todos estes anos, a Pró-Saúde desenvolveu e aprimorou métodos para avaliar, dimensionar e elaborar projetos para implantação de Estabelecimentos Assistenciais e de Interesse a saúde. Nosso foco sempre foi oferecer soluções de consultoria e projeto, desde  a fundamentação das decisões até a elaboração dos projetos para este setor”, destaca a arquiteta Mariluz Gomez Esteves, presente desde o início da criação da Pró Saúde.

A inteligência e a técnica sempre estiveram à frente do trabalho, somado a um estudo minucioso da região onde o estabelecimento vai se instalar (ou mesmo já está instalado). “Antes de começar qualquer projeto, é fundamental compreender o cenário em que o investimento será implantado para, a partir daí, traçar as estratégias para ele. Para isso, sempre usamos de ferramentas de consultoria que permitem analisar regionalmente o sistema de saúde no qual o investimento será inserido, correlacionando aspectos históricos, geográficos, nosológicos e econômicos”, completa a arquiteta.

Foi com muito estudo, dedicação e expertise que a empresa chegou até aqui. Atendendo todas as regiões brasileiras, a Pró Saúde se tornou referência na construção de projetos e também na consultoria de estabelecimentos de saúde. Hospitais, centros médicos, laboratórios, farmácias e até indústrias se beneficiaram do conhecimento da equipe seja para a construção ou para a modernização e ampliação de suas estruturas. “Nosso objetivo é dirigir o crescimento das edificações, adequando modernidade e beleza às necessidades e legislações da área da saúde”, pontua Mariluz.

A Pró Saúde é formada por arquitetos especializados nas edificações de saúde. Integram nossa equipe os arquitetos Mariluz Gomez Esteves, Ana Lucia Bagatin, Francine Soares, Isadora Affonso, Eduardo Nishitani e Mariana Dias e a administradora Kelly Sordi.

 

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Placas Solares

Edificação eficiente traz economia perene

Não são apenas pessoas que podem melhorar sua eficiência e performance. Uma edificação pode – e deve – ser eficiente. Quando pensamos em uma construção inteligente, isso passa por questões de sustentabilidade e também de consumo eficiente de energia e água, bens que usamos rotineiramente e que podem ser melhor aproveitados quando se utiliza dos conhecimentos da arquitetura.

A arquiteta Ana Lúcia Bagatin destaca que há várias estratégias e recursos que podem ser utilizados em uma edificação para este fim. Ela integra o grupo da Pró-Saúde, escritório de arquitetura com amplo know-how na área de edificações ligadas à saúde. Ela, aliás, usa de um projeto real executado pela equipe para dar alguns exemplos de uma edificação eficiente. “O projeto do Hospital da Unimed em Araxá (MG), idealizado por nós, possui várias destas estratégias de economia de recursos naturais, como aproveitamento de água de chuva para utilização nos vasos sanitários, utilização de placas coletoras de energia solar para aquecimento de água, utilização de produtos economizadores de água (tipo de válvula de descarga, torneiras, etc..), utilização de iluminação com lâmpadas led, utilização de ar condicionado com baixo consumo de energia, entre outros”, enumera.

Um dos recursos destacados por ela, as placas coletoras de energia solar, é uma forma inteligente de usar da energia solar para aquecer a água, reduzindo o uso da energia elétrica e, por consequência, trazendo economia. “A água passa pela placa solar e se esquenta, é armazenada num boiler e de lá é distribuída para consumo”, completa Ana Lúcia.

Estes e outros detalhes são pensados pelo grupo antes de projetar cada edificação hospitalar, ou mesmo em outros projetos. Com uma edificação eficiente, a economia será perene e, além disto, o meio ambiente será preservado.

Francine e Isadora 2 baixa

Projeto inteligente garante acesso ordenado e seguro aos hospitais

O número de pessoas que circula diariamente em um hospital é grande. Grande também é o número de possibilidades de acesso: urgência, internação, centro cirúrgico, área administrativa, e por aí vai. Controlar o acesso correto a cada local é fundamental. Dentre os projetos desenvolvidos ao longo da construção, reforma ou ampliação de um estabelecimento de saúde, este é um dos pontos importantes a se trabalhar.

“Sabemos que um hospital é um organismo complexo em constante operação. Ao longo de um dia um grande número de pessoas passará por ali e os mais diversos serviços serão realizados. Médicos, enfermeiros, técnicos, funcionários, servidores, fornecedores, pacientes, visitantes, crianças, bebês, atendimento médico, serviços de hotelaria, lavanderia, restaurante, farmácia, diagnóstico, vigilância, estacionamento… O fluxo é intenso e durante 24 horas!”, ressalta a arquiteta da Pró Saúde Francine Soares.

Para que tudo ocorra de forma ordenada e em segurança, é preciso pensar no funcionamento do hospital como um todo, na necessidade e fluxo de cada local e na hierarquia, ou seja, qual local terá acesso mais limitado, por exemplo. Um projeto de controle de acesso elaborado por profissionais competentes pode garantir que esta engrenagem mantenha-se em movimento com segurança e eficiência.

Francine destaca que há inúmeras estratégias de controle de acesso que podem ser escolhidas pelos gestores hospitalares. “Podemos optar por crachás, tags adesivas, catracas inteligentes, leitura biométrica, portas eletrônicas controladas, entre outros. Analisando os procedimentos adotados no hospital e as características da equipe e do estabelecimento é possível elaborar um projeto que ofereça as melhores soluções e garanta a segurança de todos”, completa.

A também arquiteta da Pró Saúde Isadora Affonso acrescenta que um bom projeto de controle de acesso garante que as entradas e saídas sejam ordenadas sem que se perca a agilidade e a segurança no estabelecimento de saúde. “É essencial que se considere o funcionamento dos fluxos em casos de incêndios, calamidades ou outras emergências. Com uma equipe multidisciplinar formada por arquitetos, engenheiros, bombeiros, especialistas em segurança e profissionais da saúde é possível garantir que o controle de acesso esteja em acordo com todas as outras necessidades do hospital”, diz.

As arquitetas pontuam que uma das mercadorias mais valiosas do mundo atual é a informação. “Com um projeto de controle de acesso integrado aos sistemas de informação hospitalares é possível aumentar a quantidade de dados coletados pelo hospital. Os mecanismos de controle associados a softwares e tecnologia de ponta permitem a criação de bancos de dados completos e atualizados com informações sobre profissionais e pacientes, garantindo assim um funcionamento cada vez melhor da unidade”, destaca Isadora.

A excelência no atendimento é fundamental e garante outros pontos, como a acreditação hospitalar. “A questão da segurança patrimonial hospitalar é um dos pontos avaliados por alguns dos principais órgãos acreditadores, como a Organização Nacional da Acreditação (ONA), a Joint Comission International (JCI), e a Canadian Council on Health Services Accreditation (Acreditação Canadense). Um projeto de controle de acesso elaborado de forma inteligente possibilita aos gestores um maior domínio sobre o funcionamento do hospital e, consequentemente, uma qualidade maior para os serviços prestados”, conclui Francine.

comunicacao visual

Comunicação Visual auxilia os acessos nos hospitais

Quantas entradas, corredores, leitos, salas e caminhos existem em um grande hospital? Em geral, ele costuma ter mais de 1000 metros lineares de corredores, abrindo vários caminhos que podem se tornar um labirinto para quem não está acostumado ao local. Pacientes, acompanhantes, visitantes podem ter dificuldades de se locomover caso não haja uma comunicação visual eficiente. Aliás, até médicos e profissionais de saúde podem se confundir com a ausência destas referências.

Arquitetos com conhecimento na área da saúde podem auxiliar para que médicos, funcionários e pacientes consigam se locomover por estes caminhos de forma assertiva e segura. “Este é de fato uma das funções do projeto de comunicação visual. Ele é elaborado a partir do Programa de Identidade Visual da instituição e traz todos os detalhes como placas, textos informativos, totens, indicativos de direção, informações de segurança, entre outros. Estas itens são organizado espacialmente e graficamente trazendo todas as informações necessárias para que o hospital funcione da melhor maneira possível”, explica a arquiteta Isadora Affonso.

Segundo ela, é essencial que todos consigam entender o ambiente e o local onde estão. “Informações gráficas em placas, totens e avisos são um dos principais passos para este entendimento, garantindo a segurança e o bom desempenho de todos os serviços”, acrescenta.

O trabalho é multidisciplinar. “A primeira etapa para a comunicação visual é a elaboração de um Manual de Identidade Visual, que deve ser desenvolvido por uma equipe de designers e comunicadores. Nesta etapa serão definidas questões como logomarca, paleta de cores e identidade da marca. Muitos clientes já possuem a identidade visual e podem ir direto para a próxima etapa”, descreve Isadora.

Na sequência, é hora de definir como essa identidade será aplicada ao ambiente. “Neste momento é fundamental que o projeto seja elaborado por alguém que entenda o edifício e seu funcionamento – no caso, o arquiteto! Desta forma é possível garantir que a comunicação visual esteja de acordo com o funcionamento do hospital, com o controle de acesso, com as normas de segurança e vigilância sanitária, com as questões de segurança predial, com o projeto de prevenção de incêndio, com o sistema viário da cidade, com as normas de acessibilidade e com as exigências dos órgãos de acreditação hospitalar”, especifica a arquiteta.

Unindo conhecimentos e habilidades, a comunicação visual se torna bela e, acima de tudo, eficiente.

UTI Cardiologica facebook

UTI Cardiológica com foco na humanização

A Pró-Saúde acaba de conclui mais um trabalho: A Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica do Hospital Paraná, em Maringá. Uma UTI cardiológica tem algumas características especificas, com descreve a arquiteta Ana Lucia Bagatin.

“A UTI do Hospital Paraná foi projetada tendo a humanização como a principal preocupação. Os pacientes internados em uma UTI Cardiológica, na maioria das vezes, estão conscientes e o ambiente de uma UTI convencional é um fator gerador de stress, pois o paciente fica num salão geralmente aberto, ouvindo todos os sons e barulhos dos equipamentos (muitos aparelhos apitam, produzem sons), as conversas da equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas) que está presente 24 horas na unidade. Não há privacidade para o paciente e seu familiar, pois a UTI Convencional geralmente é um salão único e a única separação entre os leitos é um biombo ou uma cortina. A proposta para a UTI Cardiológica do Hospital Paraná segue o novo conceito de UTI, que em grandes centros e outros países já é adotado há muito tempo, que é a individualização dos leitos. Isso significa que cada paciente fica em um ambiente separado e exclusivo, tendo privacidade, controle da iluminação do seu box e pode apagar a luz e a TV, por exemplo (o que não acontece num salão compartilhado). Por ser um ambiente separado, ele não ouve os barulhos dos equipamentos dos outros leitos, nem as conversas dos colaboradores. O familiar/visitante tem mais privacidade e em algumas UTIs é até permitido que um acompanhante fique 24 horas com o paciente, o leito individualizado permite isso. 40% dos leitos têm banheiro privativo, o que, nos casos de pacientes que  têm condições de sair do leito, colabora ainda mais para a humanização da unidade. O monitoramento dos pacientes é feito no posto de enfermagem, centralizado, através de uma central de monitoramento, onde todos os sinais vitais e informações de todos os pacientes ficam disponíveis para acompanhamento 24hs da equipe médica e de enfermagem”.

A obra seguiu o que há de mais moderno para este tipo de edificação. “Ela conta com instalações que atendem os níveis mais exigentes de segurança ao paciente, assim como o que há de mais moderno em instalações elétricas para ambientes hospitalares, como o Sistema de IT Médico, que controla toda a parte elétrica e informa se está havendo alguma fuga de energia, por exemplo, que pode ocasionar algum acidente ou dano aos equipamentos. O sistema de climatização também atende as normas mais rígidas de controle de qualidade do ar”, completa Ana Lucia.

Com conhecimento e expertise, os ambientes hospitalares se tornam um reforço a mais na promoção da saúde e bem-estar do paciente. Em especial, no caso de paciente em UTI, isso se faz ainda mais necessário visto que eles estão em uma fase delicada, que inspira cuidados, e contar com um ambiente agradável e com recursos especiais garante uma melhor recuperação. A unidade conta com uma sala de espera exclusiva, uma sala privativa para conversa entre médicos e familiares, além de todos os ambientes de apoio necessários para o funcionamento de uma UTI.

É a única UTI exclusivamente cardiológica em Maringá, o que ajuda no controle de infeção, promove um atendimento mais especializado, pois os equipamentos e profissionais foram comprados e contratados tendo em vista essa especialidade médica.

Centro Cirurgico 3

Taxa de ocupação dos centros cirúrgicos

Estruturas de saúde economicamente viáveis estão diretamente ligadas ao uso inteligente dos recursos e estrutura física. Quando se fala em centro cirúrgico, é fundamental pensar no espaço avaliando demanda associada a um projeto arquitetônico que atenda diferentes especialidades, sem que se tenha uma “sala preferida”.

“O conceito atual é que se construam salas de dimensões e estruturas similares que facilitam o trânsito dos equipamentos e da equipe. Salas que sejam democráticas e atendam às necessidades básicas de cada especialidade”, pontua Mariluz Gomez Esteves, Diretora da Pró-Saúde. Para ela, este cuidado básico facilita o trânsito de cirurgiões ao longo do dia, facilitando a ocupação das salas. “Não há uma sala preferida ou mais adequada, todas se adequam, todas são boas. O que modifica são alguns equipamentos específicos para cada procedimento, que podem ser móveis e se locomover nos espaços conforme demanda”, acrescenta.

Para ela, é importante existir também uma padronização de tecnologias e marcas, outro ponto que traz a democratização aos espaços. “Centros cirúrgicos montados com este conceito apresentam resultados financeiros e de taxas de ocupação superiores aos outros, por isso, é até recomendado que se faça a readequação de espaços que não contemplam este novo conceito para alcançar os resultados esperados”, completa.

O gerenciamento da agenda cirúrgica é mais efetivo neste novo conceito, o que tem feito com que hospitais mais antigos busquem esta modernização e democratização dos espaços visando bons resultados econômicos.

patrimonio historico

Patrimônio Histórico e a Arquitetura Hospitalar

A arquitetura é uma das formas de comunicação que mostra características e história de um lugar, de uma cultura, de um tempo. E isto não é (ou não deveria ser) diferente nas edificações hospitalares. O primeiro hospital legitimamente brasileiro surgiu por volta de 1545, ano de inauguração da Santa Casa de Santos (SP), fundada por Braz Cubas. De lá para cá, ser passaram quase 500 anos de história e se tivéssemos por hábito a preservação das construções teríamos em mãos edificações carregadas de valores culturais, sociais e urbanos intrínsecos à sociedade da qual surgiram. Infelizmente, a maioria destas edificações já foi modificada, transformada e, poucas vezes, restaurada.

Estas estruturas, dedicadas à prestação de serviços de saúde, são altamente volúveis, como explica o arquiteto Eduardo Nishitani. “Percebemos que as edificações hospitalares estão se transformando cada vez mais rapidamente, exigindo que a construção que os abriga ofereçam condições adequadas para tal. Porém, adequar construções que contém baixa maleabilidade como os edifícios históricos pode não ser uma tarefa muito simples”, pontua.

A tarefa não é simples, o que é muito diferente de dizer que ela é impossível ou não deve ser executada. Preservar edificações históricas é um caminho inteligente e necessário. “Modernizar um hospital e preservar a história, assim como seus valores congênitos, pode parecer ações contraditórias, porém a Carta de Atenas, de outubro de 1931, não apenas previu este tipo de situação como recomendou: ‘…Que se mantenha uma utilização dos monumentos, que se assegure a continuidade de sua vida, destinando-os sempre a finalidades que o seu caráter histórico ou artístico’”, destaca Eduardo.

O arquiteto cita ainda outro documento, a Carta de Veneza, de maio de 1964, que em seu artigo 4º traz o seguinte texto: “A conservação e a restauração dos monumentos exige, antes de tudo, manutenção permanente”. Cuidar sempre para ter sempre, este é um dos lemas, aliado ao conhecimento técnico no assunto.

“É essencial entender as particularidades dos valores culturais dos tombamentos históricos assim como a agilidade da atualização tecnológica pertinente à ciência. Neste contexto, é imprescindível que um profissional que entenda a dualidade desta edificação assuma a frente para evitar perdas de ambos os lados”, atesta.

Integrante da equipe da Pró-Saúde, Eduardo ressalta que todo trabalho que envolve uma construção histórica deve, prioritariamente, começar por uma investigação histórica e documental. “Este estudo vai fundamentar e direcionar as intervenções que serão propostas para aquela edificação. Após esta etapa, todo o desenvolvimento projetual segue unindo ambas as polaridades de preservação e modernização”, explica.

Fachadas históricas não impedem que a tecnologia entre em suas edificações. Com conhecimento técnico e habilidade, ambos podem caminhar juntos, oferecendo serviço de qualidade e história.

viabilidade economica hospital

Viabilidade econômica em serviços de saúde

Construir, reformar ou ampliar uma unidade de serviço de saúde implica, sempre, em investimento financeiro. Pela responsabilidade de tal ato, é impensável que se construa uma clínica, laboratório ou hospital sem que se faça, antes de tudo, um Estudo de Viabilidade Econômica. É um negócio e, portanto, oferta e demanda precisam estar ajustados.

“É fundamental planejar todo e qualquer investimento em um negócio, saber da demanda por aquele serviço e o retorno esperado. Neste sentido, através de ferramentas de consultoria é possível analisar regionalmente o sistema de saúde no qual o investimento será inserido, correlacionando aspectos históricos, geográficos, nosológicos e econômicos para compreender o cenário em que o investimento será implantado e traçar as estratégias de implantação”, descreve Mariluz Gomez Esteves, diretora da Pró-Saúde.

O objetivo principal deste trabalho é averiguar a viabilidade econômica e técnica para dar suporte na tomada de decisão dos investidores. “Ao longo desses 25 anos de trabalho da Pró-Saúde, desenvolvemos métodos para avaliar, dimensionar e elaborar projetos para implantação ou ampliação de Estabelecimentos Assistenciais e de Interesse a saúde. O foco é oferecer a este setor soluções de consultoria e projeto, desde a fundamentação das decisões até a elaboração dos projetos. Esta bagagem e estudo permitem que os investimentos sejam feitos de forma madura, com retorno e adequados ao cenário de cada local”, completa.

A segurança precisa estar por trás de toda decisão de investir em um empreendimento. Usar da multidisciplinaridade e do conhecimento específico de cada área é uma das formas de alcançar o pleno gerenciamento e vitalidade de um serviço de saúde.

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O que um hospital precisa para ser bem sucedido?

É comum pensarmos em um hospital como um local com estrutura apropriada para bem atender os pacientes. De fato, este é um dos tripés que levam um serviço de saúde ao sucesso. Mas de nada adianta ter um edifício hospitalar equipado e preparado para atender às necessidades do paciente se por trás disto não existir um planejamento, saúde financeira e gestão eficiente para aquele serviço que, como os outros, é também um negócio.

Pensar de forma estratégica é a base desta construção. “Os hospitais precisam ter estrutura física e tecnológica adequadas ao serviço que pretendem oferecer associado ao gerenciamento inteligente do negócio”, pontua a arquiteta Mariluz Gomez Esteves, diretora executiva da Pró-Saúde.

De acordo com ela, são três as necessidades básicas de um hospital. “Ele precisa ser funcional no que se refere à atenção aos pacientes, oferecendo segurança, qualidade e humanização; deve atender às obrigações inerentes à atividade, que é ininterrupta, e para isto a infraestrutura física e as instalações obrigatoriamente devem dar suporte à atenção médico-hospitalar; e há ainda as necessidades relativas à imprevisibilidade do segmento de saúde e também as atualizações constantes no que se refere à tecnologia e crescimento da edificação hospitalar. Sem estes pontos bem definidos e traçados estrategicamente, fica mais difícil alcançar os resultados almejados no curto, médio e longo prazo”, pontua.

Um projeto de sucesso está ligado ainda à presença de flexibilidade. “O planejamento hospitalar deve ser flexível para possibilitar adequações e adaptações no espaço sempre que houver modificações no atendimento e na tecnologia”, antecipa.

Para finalizar, controlar custos sem perder a qualidade é o desafio e a meta das instituições de saúde. “Planejar estrategicamente cada espaço e atendimento, fazendo uso racional dos recursos, é o caminho por quem quer ser bem sucedido”, finaliza Mariluz.

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Arquitetura hospitalar eficiente

Funcionalidade e beleza, segurança e atendimento humanizado, fluxo interno e externo em harmonia. Muitas são as exigências de um estabelecimento de saúde e cada vez mais cresce a atenção para a importância de um ambiente que propicie a melhora e plena recuperação do paciente, tendo a segurança, a eficiência e a obediência às normas como base de tudo isto.

“A arquitetura hospitalar tem como desafios atender às crescentes exigências do setor, incluindo necessidades dos profissionais da área da saúde e dos pacientes, projetando espaços funcionais, aconchegantes, seguros e com flexibilidade para seguir se adequando às exigências do setor que não param”, diz a arquiteto da Pró-Saúde Ana Lúcia Bagatin.

A palavra-chave é soluções! A arquitetura hospitalar vem para oferecer soluções de fluxo, segurança, humanização e flexibilização, pensando em projetos arquitetônicos que sejam eficientes tanto no curto como no longo prazo. “Hospitais têm plantas que se atualizam numa agilidade muito grande. Por isso, as estruturas devem ser pensadas para que a edificação não fique estagnada. Projetar atualizações e até a expansão de um hospital é tarefa da arquitetura hospitalar eficiente”, completa.

A atenção começa na estruturação do espaço, definindo áreas e suas dimensões e localizações, e segue até o acabamento. “Um hospital precisa ser constantemente higienizado, há locais de grande circulação de pessoas. É fundamental, por exemplo, utilizar materiais de acabamento e revestimento de fácil manutenção e limpeza”, cita a arquiteta.

A sustentabilidade também é outro quesito que ganhou força na arquitetura moderna e eficiente. Projetar espaços que potencializem os recursos naturais, como a luz do sol, possibilitam economia financeira e também refletem preocupação com o meio ambiente. “Água e energia, aquecimento e resfriamento de ambientes são exemplos de recursos que podem ter seu uso feito de forma inteligente”, pontua Ana Lúcia.

Há várias outras ferramentas utilizadas na arquitetura hospitalar, como estudo do fluxo de pessoas, projeto de instalação para áreas sujas e limpas de um hospital, layout de fachada. Em conjunto, estes conhecimentos elevam a eficiência, a beleza e a qualidade do serviço prestado em um hospital.